terça-feira, 30 de outubro de 2007

Dia#8 - Final e Conclusão!

Acordo e nem imaginam o que me apetece… Não! Não! Calma… não é isso que estão a pensar.

O que me apetece é exactamente aquilo que acabei de fazer há 12 horas atrás… Passear por Évora e ir tomar o pequeno almoço ao "Arcada"! :)
Apressei-me no banho, cumpri o desejo e segui viagem.

Mais umas cidades/aldeias/vilas (surpresa agradável em Serpa) e depois caminho até Algarve onde concluo a 8ª e última etapa desta minha volta a Portugal.

É verdade. Chegou ao fim! Foi boa a sensação de parar o carro e dizer: “Já está! Missão cumprida!”
Bebo agora o meu gin tónico na varanda e contemplo o “arrepiante” pôr do sol.

Olho para trás e penso que mereço este momento!

Agora é só gozar os dias de “verão” que aí estão e fazer uma praínha... Não! Não é estúpido ir à praia. Neste preciso passam aqui na Marina, alguns ingleses de toalha, chinelo e colchão insuflável debaixo do braço.

Para terminar, acho que devo fazer uma pequena conclusão do que foi esta viagem.
Por curiosidade fui ver o que tinha escrito no “post” antes de arrancar e curiosamente sinto que fiz tudo aquilo a que me propus: Meti o carro nas estreitas ruelas do alto minho... Disse adeus aos velhotes no mais profundo alentejo... Filmei e fotografar muito... Ouvi a minha música... Descansei… etc.etc.etc.

Adorei o Norte do País. Conhecia mal, confesso, mas a verdade é que a minha paixão continua a ficar no Alentejo! Foi aí que as camisolas de malha (e várias em cima umas das outras, que os nortenhos usam, tipo cebola!) foram substituídas pelas t-shirts. Foi no Alentejo que o AC do carro voltou a funcionar; que as rectas vieram substituir as 1001 enjoativas curvas; que a paisagem deixou de ser “cinzentona” e passou a ser uma planície verde; foi aí que os velhotes sentados nos bancos começaram a sorrir à nossa passagem; foi aí…; foi aí…; foi aí…!

Uma das coisas que reparei nos 2200 kms que fiz, foi que: por mais pequena que seja a aldeia de Portugal… ela tem que ter um Castelo…. e um ÈcoMarché. Porquê?

Para mim, a viagem fez-me bem! Muito bem!
Como esperava passei por muitos estados de espírito, mas estava preparado, isso fazia parte! Hoje estou bem comigo mesmo. Estou feliz!

Sinto que esqueci o que tinha para esquecer, que lembrei quem tinha que lembrar, que arrumei a cabeça e que recarreguei as baterias! Aprendi a valorizar, lidar e até aproveitar a solidão! Eu que não conseguia almoçar fora sozinho! Sim… Sem dúvida que aprendi muito comigo mesmo!
As férias ainda não acabaram mas acho que posso concluir que esta decisão (nada fácil de tomar) foi benéfica para mim, assim como espero que seja... para todos aqueles que me rodeiam!

Vemo-nos por aí!

6 comentários:

Little Miss Starlight disse...

Quem me dera conseguir fazer algo parecido... Quem sabe um dia...*

Anónimo disse...

Tenho inveja...primeiro, porque estás de férias e segundo, porque passaste por todas as vilazinhas alentejanas que eu tanto gosto!
SandraCardoso

Marta Lourenço disse...

Que bom que foi acompanhar a tua viagem, ficámos nós também a conhecer um pouquinho melhor o nosso país através de ti.

abox disse...

olha... fizeste uma coisa... que eu já gostava de ter feito mas que nunca tive coragem...
mas o meu comentário era mesmo para te perguntar... e viana do castelo ein!!? :p

Miguel disse...

Descobriste um país que é o teu e de caminho foste-te descobrindo a ti, parte integrante desse mesmo país, agora teu conhecido. Duas descobertas de uma só viagem, com a vantagem de teres tomado consciência de tudo aquilo q descobriste. Valeu a pena, portanto. E mais do q qq coisa, é isso q mais interessa.
Aquele abraço e sejas bem regressado.

Maria disse...

Faço das palavras do Sérgio Godinho as minhas
" A princípio simples anda-se sozinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos memória uma frase batida
hoje o primeiro dia do resto da tua vida"
Já me acostumei a comer fora sozinha, agora tenho outros passos maiores a dar..... não custa, só ao princípio, é como os dentes do sizo, muito se fala, mas só quando encaradas as coisas é que se podem ver e sentir, realmente, como elas são.
Beijinhos
Maria